Populares comemoram condenação dos Nardoni

Pessoas soltaram fogos de artifício comemorando a sentença em regime fechado de 31 anos de prisão a Alexandre Nardoni e 26 anos de reclusão a Ana Carolina Jatobá. O juiz Maurício Fossen proferiu a decisão por volta de 0h30 deste sábado.

Na prática, jurista diz que o pai da menina Isabela Nardoni ficará preso por 13 anos. A madrasta, segundo o especialista, ficará 11. Os dois foram condenados por homicídio triplamente qualificado.

A decisão foi unânime. Segundo o promotor de acusação Francisco Cembranelli, a condenação acabou no quarto voto, num total de sete jurados. "A maior dificuldade foi contar essa história passo a passo", disse Cembraneli, que foi parabenizado inclusive pelo advogado dos condenados.

Ana Carolina Oliveira, a mãe da menina assassinada, soube da decisão pelo telefone, quando uma assistente da acusação enviou uma mensagem.

Por volta de 1h da manhã deste sábado (27), o casal Nardoni, que não pode recorrer em liberdade, retornou ao presídio de Tremenbé para cumprir a pena.

Coincidências a parte, os dois receberam a condenação respectiva as idades de cada um.

Um comentário:

Engajarte disse...

O negócio todo foi um desastre.
A partir de um crime comum, o assassinato de uma criança, provavelmente por seus pais, algo sem nenhum ineditismo, desenrolou-se uma trama mais que abjeta.
Os grandes meios de comunicação do país, principalmente as empresas de televisão iniciaram um "processo", pautado e conduzido por estas mesmas empresas, fomentando uma comoção nacional de graves dimensões.
Ao utilizar-se de um crime para gerar audiência, nada mais fez que tripudiar sobre o cadaver da pobre menina, sobre uma tragédia familiar.
A justiça prescinde deste tipo de carnavalização, agora o que as TVs fizeram para atingir seus objetivos comerciais coloca em evidência as suas entranhas.
As empresas de comunicação fomentaram uma comoção seletiva, escolhendo um alvo, montaram a estratégia de acusação, massificaram a imagem negativa acerca dos pais, firmaram a convicção de culpabilidade, intencionalidade, forjaram um caráter malévolo dos acusados.
Construiram um veredicto, culparam previamente os pais, e aplicaram a pena: os pais foram execrados publicamente a nível nacional.
Tudo isto bem antes de concluídas as apurações, antes do julgamento legal.

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