Barquinho tucano deve afundar na CPI dos cartões corporativos

Não é à toa que a posição tucana grita, esperneia, faz um estardalhaço danado depois fica calminha, calminha. Pelo menos tem sido assim por várias vezes. Nesta quarta-feira (19) o ministro do Planejamento Paulo Bernardo foi ao Senado dar esclarecimentos na CPI dos cartões corporativos.

Bernardo disse que para haver uma investigação séria também deveria se investigar as contas tipo “B”. Mas o que são as contas tipo B? São contas bancárias que recebem dinheiro prévio para manutenção operacional dos órgãos públicos.

Durante a audiência, o ministro disse que consultou a Controladoria Geral da União (CGU) a respeito dos gastos com as contas tipo B em 2002, no fim do governo Fernando Henrique.

Ao relatar os gastos, uma incômoda "surpresa" da bancada tucana. Quase R$ 230 milhões de reais foram gastos com as contas tipo B naquele ano, enquanto que os gastos com cartão corporativo não passaram de R$ 3 milhões em 2002.

Na gestão Lula, segundo o ministro, a Presidência da República reduziu os gastos em 29%. Em 2007 foram R$ 177 milhões.

Ao saber, mas não confirmar o fato – um acordo de tucanos para não levar a CPI adiante – a presidente da CPI, Marisa Serrano (PSDB-MS), disse que renuncia se os seus coleguinhas não colaborarem. “Não vou ficar de brincadeirinha por três meses”, disse a presidente. Quem tem telhado de vidro fica difícil jogar pedra no telhado dos outros.

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