Fotos que marcaram o século XX

A imagem de Che
A famosa foto de Che Guevara, conhecida formalmente como "Guerrilheiro Heróico", onde aparece seu rosto com a boina negra olhando ao longe, foi tirada por Alberto Korda em 5 de março de 1960, durante um funeral, quando Guevara tinha 31 anos. A foto só foi publicada sete anos depois. O Instituto de Arte de Maryland - EUA denominou-a "A mais famosa fotografia e maior ícone gráfico do mundo do século XX". A imagem é a mais reproduzida de toda a história expressa um símbolo universal de rebeldia, em todas suas interpretações.

The Falling Man
The Falling Man é o título da fotografia tirada porRichard Drew durante os atentados do 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas do WTC. Na imagem, um homem atira-se de uma das torres. A publicação do documento pouco depois dos atentados irritou a certos setores da opinião pública norte-americana. Ato seguido, a maioria dos meios de comunicação se auto-censurou, preferindo mostrar unicamente fotografias de atos de heroísmo e sacrifício.

Suicída não solidário
Em 1994, o fotógrafo Sul Africano Kevin Carter ganhou o prêmio Pulitzer de foto jornalismo com esta fotografia registrada em 1993, na região de Ayod (uma pequena aldeia em Suam, no Sudão). A figura esquelética de uma pequena menina, totalmente desnutrida e esgotada pela fome, registra seus últimos momentos de vida sob a mira do urubu. Meses depois Carter se suicidou sob intensas acusações de se aproveitar da miséria e degradação humana quando se quer ofereceu ajuda à menina.

O beijo do Hotel de Ville
Esta bela foto, que data de 1950, é considerada como a mais vendida da história. Isto devido à intrigante história como foi descrita durante muitos anos. Segundo contava-se, esta foto foi tirada fortuitamente por Robert Doisneau enquanto encontrava-se sentado tomando um café. O fotógrafo acionava regularmente sua câmara entre aspessoas que passavam e captou esta imagem de amantes beijando-se com grande paixão enquanto caminhavam no meio da multidão. Esta foi a história que se conheceu durante muitos anos até a data de 1992, quando dois impostores se fizessem passar pelo casal protagonista da foto. No entanto o sr. Doisneau indignado pela falsa declaração revelaria a história original, revelando assim aquela farsa. A fotografia não tinha sido tirada a esmo, mas sim que Doisneau havia pedido ao casal que posassem para sua lente, lhes enviando uma cópia da foto como agradecimento. 55 anos depois Françoise Bornet (a mulher do beijo) reclamou os direitos de imagem das cópias desta foto e recebeu 200 mil dólares.

A agonia de Omayra
Omayra Sanchez foi vítima do vulcão Nevado do Ruiz durante a erupção que arrasou o povoado de Armero, na Colômbia, em 1985. A menina Omayra ficou três dias jogada sobre o lodo, água e restos de sua própria casa e presa aos corpos dos próprios pais. Quando os paramédicos tentaram ajudá-la, comprovaram que era impossível, pois para tirá-la precisavam amputar-lhe as pernas e a falta de um especialista para a cirurgia resultaria na morte da menina. Omayra mostrou-se forte até o último momento de sua vida, segundo os paramédicos e jornalistas que a rodeavam. Durante os três dias, manteve-se pensando somente em voltar ao colégio e a seus exames e a convivência com seus amigos. O fotógrafo Frank Fournier fez a foto de Omayra que deu a volta ao mundo e originou uma controvérsia a respeito da indiferença do Governo Colombiano com respeito às vítimas de catástrofes. A fotografia foi publicada meses após o falecimento da garota. Muitos vêem nesta imagem o começo do que hoje chamamos Globalização, pois sua agonia foi vivenciada em tempo real pelas câmaras de televisão de todo o mundo.

O homem do tanque de Tiananmen
Também conhecido como o "Rebelde Desconhecido", esta foi a alcunha que atribuíram a um jovem anônimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a linha de vários tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen, em 1989, na China. A foto foi registrada por Jeff Widener e na mesma noite foi capa de centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem estudante se interpôs a duas linhas de tanques que tentavam avançar. No ocidente, a imagem foi apresentada como um símbolo de luta pela democracia.

Desespero infantil
Em 8 de junho de 1972 um avião norte-americano bombardeou a população vietnamita de Trang Bang. A menina Pham Thi Kim Phuc, de 9 anos, corre em desespero sem roupas com familiares. O fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem. Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele. Hoje, Pham Thi Kim Phuc está casada, com dois filhos e reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.


Execução a sangue frio
"O coronel assassinou o preso; mas e eu... assassinei o coronel com minha câmara". Palavras de Eddie Adams, fotógrafo de guerra que registrou essa imagem em fevereiro de 1968, durante a guerra do Vietnã. A foto registra o momento em que o chefe de polícia de Saigon assassina a sangue frio um guerrilheiro vietcong. Adams, correspondente em 13 guerras, obteve por esta fotografia o prêmio Pulitzer, mas ficou tão emocionalmente tocado com ela que se converteu em fotógrafo paisagístico.

Protesto silencioso
Thich Quang Duc, nascido em 1897, foi um monge budista vietnamita que se sacrificou numa rua movimentada de Saigon em 11 de junho de 1963. Seu ato foi repetido por outros monges. Enquanto seu corpo ardia sob as chamas, o monge manteve-se completamente imóvel. Não gritou, nem sequer fez um pequeno ruído. Thich Quang Duc protestava contra a maneira que a sociedade oprimia a religião Budista em seu país. Após sua morte, seu corpo foi cremado conforme à tradição budista. Resa a lenda que durante a cremação seu coração manteve-se intacto. Thich Quang Duc foi considerado quase santo e seu coração foi transladado aos cuidados do Banco de Reserva do Vietnã como relíquia.


Mãe protegendo suas crias
Mãe vietnamita cruza o rio com os filhos durante a guerra do Vietnã em 1965, quando fugia de uma chuva de bombas americanas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Achei seu blog ao acaso e não sei se ainda é ativo. Mas, caso leia este comentário, devo salientar algo sobre a foto de Kevin Carter: outros 3 fotógrafos estavam com ele. Estavam acopanhando uma caravana de ajuda humanitária e, no meio de uma guerra, é imputada a quem ali está a dura escolha entre quem salvar ou não, pq nao dá pra salvar a todos. A menina estava praticamente morta, por isto foi deixada para trás. Contudo, apenas Carter foi criticado. E, estando emocionalmente abalado com os horrores vistos antes, nao suportou as criticas e se matou.

Eu pesquisei essa foto e todas as versões do fato para um trabalho na faculdade. Abraço!

Anônimo disse...

bastante relevante este comentário

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